

“Já acabámos, mas a minha mulher sabia”
Entrevistas improváveis: Qual o seu real envolvimento com a Sociedade Lusa de Negócios?
Dias Loureiro: Tivemos um caso, em tempos, mas já acabámos. A minha mulher sabia, agradeço-lhe que registe…
Ei: Não se preocupe, a ressalva será publicada. Continuando...pode descrever o tipo de envolvimento?
DL: Normalíssimo. Sabe, eu sempre gostei de água do Luso; no fundo, é disso que se trata.
Ei: Meteu muita água dessa?
DL: Muita, muita…
Ei: Mas ficou farto?
DL: Claro! Por isso fui ao Banco de Portugal, falar com o Marta…
Ei: Mas ele não diz isso. Ele diz que o Dias Loureiro lhe perguntou porque andava atrás dele…
DL: Acha isso verosímil? O meu envolvimento era com a Sociedade Lusa de Negócios, nunca quis nada com o Marta. Até porque, como deve saber, é extremamente difícil manter relações desse tipo.
Ei: Fale-nos da Sociedade Lusa de Negócios.
DL: Que dizer? Trata-se de uma Sociedade normalíssima, com quem me envolvi. É uma sociedade portuguesa, daí o “Lusa”. Foi uma escolha original e pertinente, sem dúvida: Lusa, diz logo que é portuguesa. E de negócios. Porquê? Porque faz…
Ei: …negócios?
DL: Isso! Vê? Tudo dentro de uma lógica de forte transparência…E esse era o nosso principal objectivo. Que as pessoas percebiam o que fazíamos, com total transparência.
Ei: E a irmã cabo-verdiana?
DL: É a irmã que todos gostaríamos de ter, quando vamos a Cabo Verde.
Ei: Eu não vou assim com essa frequência a Cabo Verde…
DL: Mas muita gente vai. E convém encontrarem lá conforto. Vá que é necessário levantar dinheiro. Está lá, é simples.
Ei: Mas o dinheiro nunca lá parou durante muito tempo, seguia directo para comprar…
DL: …coisas que fazem falta! Empresas, falidas ou não, com negócios, produção ou não, não interessa, dá sempre jeito, nunca se sabe o que faz falta.
Ei: Isso parece um pouco vago…
DL: Mas não é. Por exemplo, eu tenho a minha garagem cheia de tralha, guardo tudo, porque mais tarde pode fazer-me falta.
Ei: O Oliveira e Costa tinha papéis comprometedores escondidos numa cuba…
DL: Ele gostava de Cuba, mais do que de Cabo Verde. Não era por acaso. Ele escolheu uma cuba por questões afectivas.
Ei: E agora está preso…
DL: Não, isso não tem nada a ver.
Ei: Não acha estranho ele ter dividido todos os bens com a mulher em Março deste ano?
DL: Ele sempre foi muito amigo do seu amigo. E ela era seu amigo.
Ei: Sua amiga…
DL: Não, eu não a conhecia…
Ei: Não, de Oliveira e Costa.
DL: De Oliveira e Costa o quê?
Ei: Ela…amiga…
DL: Ele é que era.
Ei: Deixemos isso. Mas…ficou apenas com €20 mil e acções…
DL: Era mesmo muito amigo. E agora está pobre. Quem adivinhava que as acções iam desvalorizar tanto?
Ei: Pois…mas o Estado nacionalizou o BPN…
DL: Isso ajuda, mas não é tudo. Temos ainda muitos amigos que estão aflitos porque têm perdido dinheiro.
Ei: Gostava de ter uma Sociedade nova?
DL: Não. Agora só bebo Serra da Estrela.
Ei: Mas vai demitir-se do Conselho de Estado?
DL: Não. Gosto imenso do Cavaco. E ele de mim.
Ei: Mas pode colocá-lo mal…
DL: Não, eu tenho muito jeitinho e ele sabe disso.
Entrevistas improváveis: Qual o seu real envolvimento com a Sociedade Lusa de Negócios?
Dias Loureiro: Tivemos um caso, em tempos, mas já acabámos. A minha mulher sabia, agradeço-lhe que registe…
Ei: Não se preocupe, a ressalva será publicada. Continuando...pode descrever o tipo de envolvimento?
DL: Normalíssimo. Sabe, eu sempre gostei de água do Luso; no fundo, é disso que se trata.
Ei: Meteu muita água dessa?
DL: Muita, muita…
Ei: Mas ficou farto?
DL: Claro! Por isso fui ao Banco de Portugal, falar com o Marta…
Ei: Mas ele não diz isso. Ele diz que o Dias Loureiro lhe perguntou porque andava atrás dele…
DL: Acha isso verosímil? O meu envolvimento era com a Sociedade Lusa de Negócios, nunca quis nada com o Marta. Até porque, como deve saber, é extremamente difícil manter relações desse tipo.
Ei: Fale-nos da Sociedade Lusa de Negócios.
DL: Que dizer? Trata-se de uma Sociedade normalíssima, com quem me envolvi. É uma sociedade portuguesa, daí o “Lusa”. Foi uma escolha original e pertinente, sem dúvida: Lusa, diz logo que é portuguesa. E de negócios. Porquê? Porque faz…
Ei: …negócios?
DL: Isso! Vê? Tudo dentro de uma lógica de forte transparência…E esse era o nosso principal objectivo. Que as pessoas percebiam o que fazíamos, com total transparência.
Ei: E a irmã cabo-verdiana?
DL: É a irmã que todos gostaríamos de ter, quando vamos a Cabo Verde.
Ei: Eu não vou assim com essa frequência a Cabo Verde…
DL: Mas muita gente vai. E convém encontrarem lá conforto. Vá que é necessário levantar dinheiro. Está lá, é simples.
Ei: Mas o dinheiro nunca lá parou durante muito tempo, seguia directo para comprar…
DL: …coisas que fazem falta! Empresas, falidas ou não, com negócios, produção ou não, não interessa, dá sempre jeito, nunca se sabe o que faz falta.
Ei: Isso parece um pouco vago…
DL: Mas não é. Por exemplo, eu tenho a minha garagem cheia de tralha, guardo tudo, porque mais tarde pode fazer-me falta.
Ei: O Oliveira e Costa tinha papéis comprometedores escondidos numa cuba…
DL: Ele gostava de Cuba, mais do que de Cabo Verde. Não era por acaso. Ele escolheu uma cuba por questões afectivas.
Ei: E agora está preso…
DL: Não, isso não tem nada a ver.
Ei: Não acha estranho ele ter dividido todos os bens com a mulher em Março deste ano?
DL: Ele sempre foi muito amigo do seu amigo. E ela era seu amigo.
Ei: Sua amiga…
DL: Não, eu não a conhecia…
Ei: Não, de Oliveira e Costa.
DL: De Oliveira e Costa o quê?
Ei: Ela…amiga…
DL: Ele é que era.
Ei: Deixemos isso. Mas…ficou apenas com €20 mil e acções…
DL: Era mesmo muito amigo. E agora está pobre. Quem adivinhava que as acções iam desvalorizar tanto?
Ei: Pois…mas o Estado nacionalizou o BPN…
DL: Isso ajuda, mas não é tudo. Temos ainda muitos amigos que estão aflitos porque têm perdido dinheiro.
Ei: Gostava de ter uma Sociedade nova?
DL: Não. Agora só bebo Serra da Estrela.
Ei: Mas vai demitir-se do Conselho de Estado?
DL: Não. Gosto imenso do Cavaco. E ele de mim.
Ei: Mas pode colocá-lo mal…
DL: Não, eu tenho muito jeitinho e ele sabe disso.
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